Sempre é bom tentar entender e interpretar o capitalismo a partir de múltiplas fontes e perspectivas. Nem sempre conseguimos ter clareza do que esse modo de produção realmente é, mas quase sempre conseguimos perceber e apontar os principais problemas que ele gera.
O site fixcapitalism.com propõe uma maneira um tanto ingênua de “consertar” os 14 principais problemas do capitalismo. Talvez a leitura do resumo a seguir possa mudar suas perspectivas em relação a esse sistema.
Segundo o site, o capitalismo:
- propõe pouca ou nenhuma solução para a pobreza persistente;
- gera um nível crescente de desigualdade de renda;
- não paga um salário digno a bilhões de trabalhadores;
- não gera empregos humanos suficientes em face da crescente automação;
- não cobra das empresas os custos sociais totais de suas atividades;
- explora o meio ambiente e os recursos naturais na ausência de regulamentação;
- cria ciclos de negócios e instabilidade econômica;
- enfatiza o individualismo e o interesse próprio em detrimento da comunidade e dos bens comuns;
- incentiva a alta dívida do consumidor e leva a uma economia crescentemente impulsionada pelo setor financeiro e não pelo setor produtivo;
- permite que políticos e interesses comerciais colaborem para subverter os interesses econômicos da maioria dos cidadãos;
- favorece o planejamento de lucros no curto prazo sobre o planejamento de investimentos de longo prazo;
- opera na ausência de regulamentos sobre a qualidade do produto, segurança, verdade na publicidade e comportamento anti-competitivo;
- tende a fazer foco única e estritamente no crescimento do PIB;
- não traz valores sociais e felicidade para a equação do mercado.
A análise dos problemas é muito boa, mas é ingênuo pensar que esses problemas que constituem a essência do capitalismo podem ser mitigados ou removidos sem abalar todo o sistema. São problemas que vão desaparecer somente com o desaparecimento do capitalismo.