“The history of invented languages is, for the most part, a history of failure”
Arika Okrent. In the land of invented languages, p. 12.
A história das línguas inventadas é, em sua maior parte, uma história de fracasso. Assim escreveu a linguista norte-americana Arika Okrent em seu interessantíssimo, bem escrito e muito bem fundamentado livro In the land of invented languages. Um livro de divulgação escrito como deve ser: cheio de histórias, anedotas, fofocas espirituosas e muita informação de qualidade. Okrent criou uma incomum e rara referência para todos os que desejam se introduzir no mundo das conlínguas (línguas construídas, minha adaptação do inglês conlangs) e conhecer um pouco desse nicho da interlinguística.
A interlinguística nasceu oficialmente com esse nome em 1911, assim nomeada pelo estenógrafo e linguista belga Jules Meysmans (1870-?). É, atualmente, um dos ramos acadêmicos da linguística. Mas sua origem, antes de seu batismo, ocorreu há cerca de 1000 anos, pelas mãos da abadessa Hidergard von Bingen (1098-1179), com sua misteriosa Lingua Ignota.
Desde então, linguistas amadores geniais, com profundas intuições acerca do que é uma língua e qual é sua função, floresceram nos 4 cantos do mundo. Filhos de seu tempo, esses criadores nos legaram verdadeiras obras de arte do pensamento, pérolas da criação intelectual que ainda hoje espantam e fascinam os interessados por línguas artificiais, como as conlínguas eram há pouco conhecidas.
Depois de muita hesitação, resolvi recriar uma página dedicada às conlínguas. Ainda incipiente, contém um índice de um livro que pretendo escrever e links para algumas das conlínguas mais conhecidas. Por ora, apenas o esperanto está por lá. Visite e divirta-se!